Por que sentimos tanta culpa ao não fazer nada?

Se você procurar no Google “benefícios de não fazer nada” vai encontrar muitas coisas positivas: melhora a memória, aumenta a produtividade, ajuda nos processos criativos, dentre outros.

Há alguns anos, eu entendo a importância do não fazer nada e tenho momentos de ócio por conta de dois motivos principais: não enlouquecer pensando em tantas demandas de trabalho & ser mais criativa — talvez eu possa fazer um post futuro sobre a relação entre ócio e criatividade. Também vejo muito mais gente falando sobre o assunto na internet, o que me faz deduzir que as pessoas (da minha bolha) entendem minimamente essa importância de não fazer nada.

Se o “não fazer nada” é tão importante e nós já entendemos isso, por que carregamos uma culpa tão grande nos momentos que nos permitimos viver dessa forma?

Às vezes, nós até estamos executando uma tarefa e consideramos isso como não fazer nada, pensando em algo melhor que poderia estar sendo feito e sentindo a culpa.

  • Lendo um livro e pensando “eu poderia estar adiantando aquela tarefa do trabalho”
  • Assistindo uma série e pensando “eu deveria estar lavando o quintal”
  • Em uma balada e pensando “amanhã preciso fazer compras”

Com certeza você já passou por alguma situação parecida com essa, eu também já. Mas não é certo nos culparmos tanto por nos permitirmos viver além do conceito que conhecemos sobre produtividade.

Mulher deitada, abraçada com ma boia de flamingo cor-de-rosa dentro de uma piscina, uma representação ótima sobre não fazer nada.

Nós não precisamos ser produtivos sempre, não precisamos trabalhar sempre e não precisamos estar sempre ocupados.

Entendo que a vida é corrida, o trabalho e as tarefas de casa podem nos consumir. Mas acho que deveríamos nos respeitar mais e ter o compromisso com nós mesmos de reservar espaços na semana (nem que sejam curtos) para a “não-produtividade”, sabe?


Tarefas “não-produtivas”* que você pode fazer durante a semana:

  • Ler um livro de ficcção;
  • Assistir a um filme ou série;
  • Desenhar e/ou pintar;
  • Ir a um bar ou balada;
  • Fazer um piqueninque;
  • Andar de bicicleta;
  • Tem mais uma lista aqui.

Tire também um momento para não fazer nada:

  • Medite;
  • Fique longe do celular;
  • Não assista TV;
  • Não leia;
  • Não se ocupe com nenhuma atividade física;
  • Apenas se sente ou deite, e aprecie o nada. Deixe seus pensamentos irem e virem, e deixe a ação para depois.

*”Não-produtivas” é o nome que dei à lista levando em consideração o conceito de produtividade que a maioria das pessoas consideram, mas podemos desmembrar esse conceito em outro post.


Meu objetivo com esse post é, talvez, colocar uma pulga atrás da sua orelha e te fazer pensar sobre isso. Quem sabe se, depois de ler esse conteúdo, você não se compromete a ter momentos de ócio? Quem sabe assim, aos poucos, você aprende a desacelerar sua mente e focar mais no aqui e agora?

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7 comments on “Por que sentimos tanta culpa ao não fazer nada?

  1. Ai, Vit, e impressionante como até pra “fazer nada” a gente precisa achar uma razão que vai beneficiar o fazer depois, né? O capitalismo adoece nosso descanso, eu sou uma pessoa 100% adoecida por tudo isso e “fazer nada” às vezes me faz passar mal.

    Acho super importante essa abordagem de conscientização do seu post, arrasou!

    • Eu também sou assim!! Sei que esses momentos são importantes, mas como faz pra cabeça parar de pensar em mil coisas e tarefas, ne?
      Muito obrigada!

  2. Desacelerar a mente é super importante se queremos ser mais sadios. Gostei muito do post. É bem isso mesmo. No sentimos culpados por não fazer nada.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia