Já imaginou ter a oportunidade de conhecer uma banda de rock no ápice de seu sucesso? Melhor que isso, já imaginou não só conhece-los, mas fazer parte do seu dia a dia, ouvir e conhecer suas histórias? E aí, consegue imaginar você e os Beatles em uma tour? Se a resposta é negativa, então Daisy Jones and The Six é uma ótima recomendação para quem ficou curioso sobre o assunto!!
Título: Daisy Jones and The Six: Uma história de amor e música
Autora: Taylor Jenkis Reid
Páginas: 360
Editora: Paralela
Sinopse de Daisy Jones and The Six
Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.
Esta é história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu ― o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas ― quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música.
Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.
Minhas impressões
Entrei em contato com essa obra prima de Taylor Jenkins Reid, não através de sua outra obra famosa “Os sete maridos de Evelyn Hugo”, mas sim através da indicação de uma grande amiga, a qual assim como eu, ficou extremamente fascinada com a leitura deste livro. Admito, no momento que a escutava contar sobre a maneira distinta a qual Taylor nos envolve no enredo, através de um formato de escrita pautado em entrevistas com os personagens, meu receio só aumentou. Eu que já não sou uma leitora assídua de livros com uma narrativa “normal”, só conseguia imaginar o quão estranho e talvez monótono seria ler uma espécie de documentário escrito. Eu só não esperava que amasse tanto o estilo e a história, que acabasse lendo o livro inteiro em apenas um dia!
Jenkins com seu brilhante dom de escrita, nos envolve de uma maneira intima na história da banda de rock The Six e da estrela do rock Daisy Jones. Sua maneira de contar a história através de entrevistas é um jeito inovador de dar vida aos personagens, a ponto de questionarmos se Daisy, Camila, Billy, Graham, Karen entre outros mais, são realmente apenas personagens e não pessoas reais. Parte disso se dá também, à construção de personagens humanos, em suas decisões e sentimentos.
Ao acompanharmos a jornada da banda The Six e Daisy, também acompanhamos uma história marcada por romance e tragédia, é como comer algo agridoce, vivenciar a ascensão de ídolos que deveriam ter tudo, mas que também estão lutando contra problemas extremamente profundos, o que nos proporciona a chance de questionar, qual é o preço de se ter tudo?
Ambientado na década de 60-70, embarcamos numa jornada também da relação da própria indústria musical, seus artistas e o uso e abuso de drogas na época, considerado normal, e suas implicações na vida dos personagens. Para além de uma talvez problematização ou não de uso, o livro nos proporciona uma vivência singular, a oportunidade de entender a relação daqueles personagens em si com seu uso, e o que este significava pra eles e como a mudança de tanto um quanto o outro influencia no enredo da história como um todo.
Para além disso, o livro também nos conta uma história de amor, que ao mesmo tempo é não convencional e extremamente real aos meus olhos. Tentar colocá-la em palavras é simplesmente impossível para mim, então incentivo a lerem por si próprios e experienciarem a paixão, a dor, a felicidade e os possíveis corações partidos, assim como experienciamos na vida real! Mas o que posso dizer, é sobre duas personagens fascinantes que conhecemos no livro, o qual eu pessoalmente me apaixonei de maneiras diferentes por maneiras diferentes. Camila e Daisy não possuem nada em comum, porém são geniais em sua própria maneira.
Camila, uma mulher a qual eu percebo como latina, que sempre teve tudo o que quis trabalhando por aquilo e mantendo-se firme em sua determinação, é para mim, a própria definição de esperança. E aonde muitos podem achar ingenuidade e talvez burrice em suas escolhas, me sinto extremamente feliz de ter conhecido uma personagem tão forte e corajosa, a ponto de não abrir mão de sua própria felicidade e de genuinamente ter fé nas pessoas, até mesmo aquelas que podem não merecer.
Já Daisy é, talvez, seu completo oposto. Uma garota rica, loira e de olhos azuis, que sempre teve o amor de todos, mas nunca teve amor por si mesma, nunca se preocupou em batalhar de fato por algo na vida, e tal qual nunca deu realmente valor a nada, o que torna tudo mais comovente quando percebemos a evolução da personagem, e seu desejo pelo inalcançável. Daisy é uma garota mimada, e também fascinante, que me encantou de diferentes formas, me relaciono com seu personagem em níveis pessoais, e talvez por isso entenda muitas de suas decisões, é uma grande jornada acompanhar sua história, mas uma que pra mim, foi extremamente marcante.
Daisy Jones and The Six não é uma história feliz, mas também não é uma história triste, e por mais fictícia que seja, é também uma história real, e talvez essa seja sua beleza.
A história do foi adaptada para uma série, onde finalmente conseguiremos escutar as músicas do livro. Já disponível no serviço de streaming da Amazon Prime Video.
“Devorei o livro em um dia e me apaixonei por Daisy e pela banda.” ― Reese Witherspoon
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