,

Técnicas de Criatividade – o que eu aprendi com Murilo Gun

Quem me acompanha sabe que eu virei a louca dos cursos online nessa “quarentena”, e que me inscrevi em todos os cursos possíveis do Murilo Gun. Pra quem não sabe, ele trabalha com criatividade e ensina sobre ela também! Já fiz um post aqui no blog falando que sim, é possível aprender sobre criatividade.

Depois de fazer o curso Reaprendizagem Criativa, eu comecei o Técnicas de Criatividade. Ele é bem legal e proveitoso, com pequenas aulas que ensinam diferentes técnicas, e todas fazem total sentido além de serem super úteis, é claro!

Vou falar um pouco sobre cada uma das técnicas.

Antes de começar, vale lembrar que a criatividade é uma ferramenta para a solução de problemas. E as etapas são dividias em:
  • Inputs – referências diversas que você tem sobre diversos assuntos
  • Processamento – a combinação de várias referências que vira uma solução criativa para o seu problema
  • Output – jogar sua ideia para o mundo, resolver seu problema
  • Feedback – deu certo? o que as pessoas acharam disso? o feedback acaba virando um input para problemas futuros, e o ciclo segue.
Agora sim, vamos às técnicas:

Gunndens

  • Armazenar os inputs – guardar TODAS as informações que você vê e acha legal em algum lugar. Mesmo que elas não tenham “nada a ver”, em algum momento elas podem ser úteis.
  • Revisitá-los – escolher um dia para olhar todas as informações que você reuniu.
  • Combiná-los – juntar as informaçõs que combinam entre si.
  • Jogar pro mundo e ver o feedback – as informações X te deram a ideia de fazer algo super legal? veja o que as pessoas acham disso!
O Murilo deu o exemplo de como ele aplicava essa técnica há anos atrás: armazenava os inputs no Twitter (viu algo interessante, tweetou), revisitava todo fim do mês (via todos os tweets daquele mês e os colocava numa coluna do Excel), os combinava no Excel (em outra coluna, juntava o que fazia sentido e tentava resumir em uma palavra, organizava as coisas por ordem alfabética, relacionava o que ainda dava pra relacionar e então criava um texto), e jogava pro mundo num post do Facebook.

Zoom out

Essa é uma técnica pra ser incorporada na sua vida, viu?
O zoom out é você extrair ideias e conceitos de coisas criativas que viu. Ao ver algo criativo, além do famoso “nossa, que diferente”, você pode se perguntar “por que isso é assim?“, e a partir daí abstrair o conceito genérico daquilo, que você pode aplicar em outras coisas.
Resumindo:
  1. Observar
  2. Zoom-in – “por que isso é assim?”
  3. Zoom out – abstrair o conceito genérico
  4. Combinar – com outros inputs
  5. Aplicar – em outro conceito

Brainwriting

Você já deve ter ouvido falar no brainstorming, que eu gosto de chamar de toró de ideias, né? O brainwriting é uma variação dele. No brainstorming todo mundo fala o que vem à cabeça e isso é super legal, mas o que uma pessoa fala, influencia na fala da outra e assim sucessivamente. Então, o brainwriting é algo mais silencioso.
Em ambas as técnicas, existem duas fases que são imporantíssimas: a divergente, onde se abrem caminhos e criam opções, e a convergente, onde se faz escolhas e diminui as possibilidades. Além dessas fases, também é importante adiar o julgamento e divergir para convergir.
No brainwriting a fase da divergência é individual: cada um escreve em um papel o que sugere para a situação, e depois as ideias são expostas, aí sim ocorre a análise coletiva e a convergência das informações.

Técnica Da Vinci

Basicamente, nessa téncina, a gente tenta voltar para a era “pré-digital” e fazer como Da Vinci. Usar meios analógios como coisas em branco, espaços, papéis, e etc., para reunir suas ideias.
O Austin Kleon falou sobre a importância de usar o analógico em seu livro Roube Como Um Artista (resenha e insights aqui).

Advogado do anjo

O que eu mais gosto nessa ideia?“. É essa pergunta que você deve se fazer! Na técnica Advogado do Anjo, devemos falar sim para tudo, encontrar a parte boa de uma ideia e construir algo em cima dela.
  • Acontece a divergência
  • Antes de convergir, use o “what I like the most” e combine mais as ideias
  • Aí sim você faz a convergência

Sétimo Chapéu

Existe uma técnica chamada Técnica dos Seis Chapéus, que foi criada por Edward de Bono e publicada em seu livro Six Thinking Hats: An Essential Approach to Business Management, onde ele divide a resolução de um problema em seis passos (chapéus). Você pode entender como funciona essa técnica lendo esse texto incrível e bem explicativo, da Escola Design Thinking.
Vitória, mas e o sétimo chapéu?
Essa é a etapa que o Murilo criou, e ela acontece antes de todas. Você deve se perguntar “what is the worst solution?“, ou seja: qual é a pior solução?

Essa etapa serve para já começar fracassando (o fracasso é importante, viu?), quebra o gelo caso você esteja com mais pessoas e aquece para o começo da dinâmica dos chapéus.

D2D – Dominar para destruir

Quer fazer algo diferente? Liste os padrões básicos e quebre alguns.
Exemplo: uma apresentação de seminário. Padrões básicos:
  • Slides feitos no PowerPoint
  • Apresentação dos Slides em um telão
  • Explicar o tema de maneira séria
Qual desses padrões você pode quebrar e fazer diferente? Uma vez no Ensino Médio, ao invés de apresentar slides para explicar uma matéria, meu grupo cirou uma música e nós cantamos (tiramos nota 10).

A praça é nossa

Só contextualizando o nome da técnica: uma das edições do Hard Work Papai promovido pelo Murilo, foi no estilo “A praça é nossa” porque ele fez o seguinte: aplicou restrições ao que precisava fazer, para o cérebro ampliar o universo de possibilidades em função das restrições.
Ter um mar de possibilidades é bom, mas pode fazer com que a gente se perca na hora de resolver um problema, então as restrições podem ser úteis.
Técnica BWA

B ⇢ bests
W ⇢ worsts
A ⇢ analysis

Antes de tomar uma decisão, faça uma análise de risco com as quatro perguntas:
  1. Qual é a melhor coisa que pode acontecer caso eu tome essa decisão?
  2. Qual é a pior coisa que pode acontecer caso eu tome essa decisão?
  3. Qual é a melhor coisa que pode acontecer caso eu não tome essa decisão?
  4. Qual é a pior coisa que pode acontecer caso eu não tome essa decisão?
Com base nas respostas, você faz uma análise e vê qual é a melhor opção.

Técnica Lean Startup

Você tem uma ideia incrível, mas não sabe se vai dar certo? Então pense em como encontrar o menor experimento possível que simule ao máximo a experiência/produto?

Apesar de ser um experimento mínimo, ele deve ser viável e funcionar. Com base no feedback, você consegue saber se o que quer pode dar certo ou não.
Se você não tiver vergonha da primeira versão do seu produto, é porque você lançou tarde demais.”

Técnica CLT

Especial pra quem quer mudar de carreira!
C ⇢ career
L ⇢ lean
T ⇢ transition 
Transição Enxuta de Carreira
Você quer fazer uma transição de carreira por conta de um incidente iniciante, um fato que fez com que você quisesse mudar a história. Comece testando pequeno, você é capaz e tem habilidade de fazer o que quer? gosta realmente da nova profissão? existe demanda/mercado para o que você quer fazer?
Depois de testar pequeno e ver que pode dar certo, estabeleça metas, pois o que não pode ser medido, não pode ser melhorado.
Faça uma transição aos poucos, não chute o pau da barraca, tá bom?

Técnica dos 5 por quês

Essa técnica é simples, fácil e ela é MUITO útil!
Você tem um problema x e se pergunta o porque desse problema. Então, se pergunta o porque novamente, só que usando a resposta da pergunta anterior. E faz isso 5 vezes. Assim, você consegue ter certeza de qual é o problema que você precisa resolver, e isso é importantíssimo, até porque:
Cavar bem no lugar errado é cavar mal.

Essas foram as técnicas que eu vi e aprendi no curso (tem muito mais coisa, mas imagina como o post ficaria imenso!), e espero que eu tenha conseguido explicá-las direitinho e que vocês consigam tirar proveito das técnicas.

Caso você queira fazer algum curso do Murilo gratuitamente, acesse o link na bio do Instagram dele (@murilogun), se eu não me engano, os cursos ficarão disponíveis até o dia 31/01.

Ah, como os cursos dele foram liberados gratuitamente, ele pede que quem pode e sentir que deve, colabore com o desafio 10×10, que transforma o dinheiro doado em cestas báscias e doa a quem necessita. A gente não consegue aprender quando tá com fome. Eu já fiz minha doação, e você pode doar o valor que quiser clicando aqui.

2 respostas para “Técnicas de Criatividade – o que eu aprendi com Murilo Gun”

  1. Avatar de Juliana Sales
    Juliana Sales

    Que post incrível! Eu nunca me achei uma pessoa criativa até entender que criatividade vai além da questão artística. Como você disse bem no post, criatividade é uma excelente ferramenta para resolver problemas e eu digo mais, criatividade é criar coisas e eu acho que qualquer pessoa que produz conteúdo na internet, precisa de criatividade para não cair no mais do mesmo. Adoro o trabalho do Murilo Gun, mas nunca fiz nenhum curso dele. Mas considerando o tanto de ideia legal que você trouxe nesse post mostrando o que aprendeu, vou me programar aqui pra fazer pelo menos um curso dele no mês que vem.

    1. Avatar de Vitória Bruscato
      Vitória Bruscato

      Exatamente, Ju!
      Faz sim, eu tenho certeza que você vai adorar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *