Na Bienal do Livro de 2018, um dos livros que adquiri foi o Vai Sonhando. Pude conhecer a autora do livro, e gostei da história, principalmente do fato de se tratar de um romance gay (eu nunca havia lido um livro assim antes). Demorei um pouco para começar (e terminar) a ler, porém eu tardo mas não falho!
Título: Vai Sonhando
Autor: Cínthia Zagatto
Páginas: 297
Editora: P.S.:
Sinopse
É 2005 e os Virgin Boys ainda vão completar um ano de existência quando caem nas graças de uma gravadora. Este é o sonho de Double desde que compôs sua primeira música ainda na infância, mas as condições de contrato talvez não sejam as melhores para ele. De turnê marcada, este também pode ser um mau momento para que Shaun precise dormir ao lado de Peter.
Jogados na estrada, agora eles têm algumas semanas para aprender a dançar conforme a música – de preferência, o pop-rock que vem dominando as rádios e seus aparelhos de mp3.
Minhas impressões
O livro conta a história dos Virgin Boys, uma banda formada por quatro meninos: Double, Shaun, Peter e Dave. Além de ver como a banda cresce profissionalmente, a gente também acompanha a vida dos integrantes da banda, e isso foi um problema para mim. Acompanhar a vida de quatro personagens é difícil, e a forma como foi contada não facilitou o processo. O que acontecia era que a história simplesmente começava a ser narrada, porém eu não sabia sobre quem a narrativa se referia naquele momento até que fosse citado o nome do personagem. Por muitas vezes eu pensava que o foco era o personagem X, mas na verdade era o Y, e isso criava uma confusão enorme na minha cabeça. Isso fez com que eu demorasse muito tempo para terminar de ler o livro.
A história andou beeem devagar. A Cínthia é muito detalhista na hora de narrar, e isso é algo que eu acho bacana na maioria dos livros que leio, mas dessa vez, infelizmente, não deu certo. O excesso de detalhes no livro todo, deixava as passagens cansativas, o que me fazia querer fechar o livro e interromper a leitura ou pular para o próximo capítulo.
O momento em que fiquei bastante envolvida mesmo com o enredo, foi lá para os últimos capítulos, eu diria que o clímax todo do livro aconteceu ali no final. Nós passamos a entender muitas coisas, refletimos sobre toda a história e até nos questionamos: “como eu não notei isso antes?”.
Apesar de a maioria da narrativa ser lenta e até um pouco confusa, o livro fala sobre relacionamentos gays, relacionamentos abusivos, amizades que a gente pensa que nunca podem acabar e sonhos (sim, sonhos, daqueles que você deita, dorme e sonha).
Eu gostei do desfecho da história, e apesar de ter citado alguns pontos negativos do livro, acho que vale a pena a leitura.
Minha (humilde) classificação: ★★★☆☆
Curiosidades – que talvez ninguém queira saber
- Como eu disse no começo do post, conheci a autora do livro na Bienal, e gostaria de deixar esse momento registrado aqui:
- Eu sempre gosto de anotar citações do livro que eu acho bacana, mas esse infelizmente não teve nenhuma! 🙁
- No final do livro, existe uma playlist com todas as músicas que foram citadas no decorrer da história, você pode ouví-la em: bit.ly/vaisonhandotrilha.
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